Agente que abre caminhos, espaços de co-habitação, de encontros.

Deslocamento é o movimento de algo ou alguém, com implicações físicas, simbólicas ou sociais. Na física, indica a variação de posição de um objeto; na geografia, abrange migrações e fenômenos territoriais. Na arte, é uma estratégia crítica que ressignifica objetos e contextos, gerando novas interpretações.

Encontro é um momento de desvelamento, onde o ser humano se confronta com a realidade e com a alteridade, em uma relação de co-presença que vai além do conhecimento ou da utilidade prática. O encontro se dá na experiência direta e imediata com o fenômeno, sendo um ponto de acesso à essência das coisas, um momento onde o sujeito e o objeto se tornam co-constituintes da experiência.

Errância é um processo que valoriza o encontro, o devir e a auto-alteração enquanto experiência existencial e estética que envolve o deslocamento tanto físico quanto simbólico. A Errância rejeita certezas absolutas e narrativas lineares, e privilegia a fluidez e a reinvenção.

Mapa é uma construção permeada por escolhas culturais, afetivas e políticas. Não apenas descreve espaços, mas os produz, atuando como uma ferramenta de criação e investigação que tensiona os limites entre o real e o imaginário. Assim, um mapa torna-se um convite à errância, aos encontros e à montagem.

A montagem é proposta aqui como uma possibilidade de amalgamar coisas, materiais, linguagens e conceitos. Um fio condutor que mostra imagens e conta histórias, mescla elementos desiguais, elementos distintos entre si, mas que podem formar um todo. A montagem não é uma criação artificial que conta com a continuidade temporal para existir, para formar-se, mas sim, feita a partir de planos descontínuos, dispostos em sequência. Ou seja, seu oposto. É um modo de expor visualmente as descontinuidades do tempo que atuam em todas as sequências da história, que se funda na memória para retornar ao futuro a qualquer momento. São imagens com temporalidades heterogêneas. Propõe trazer à tona descontinuidades visuais, trazer as imagens de maneira não linear, mostrá-las de forma anacrônica.