

Rafaela Jemmene
(São Paulo, 1970)
vive e trabalha em São Paulo
Artista visual e pesquisadora. Doutora e mestre em Artes Visuais pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas). Em seu percurso artístico, é crucial sua investigação na cidade, a partir da ideia do caminhar como prática estética. As preocupações sobre o corpo feminino e seu papel na cidade cada vez tomam mais espaço em sua produção, sobretudo em sua série Espécie Invasora iniciada em 2023, composta por ações performativas e fotoperformances. Outro ponto de interesse em seu percurso artístico são as questões relativas ao espaço, enfatizando o verbo Ocupar, como um propulsor para pensar suas instalações e ações performativas. Ocupar como uma tentativa de esgotamento, do esgarçamento do uso do lugar.


O Labesca - Laboratório de Estudos Caminhatórios é formado pelas artista-pesquisadoras Rafaela Jemmene e Sofia Porto Bauchwitz. Juntas, elas propõem investigar o caminhar como ferramenta emancipatória de produção de conhecimento. O deslocamento (no movimento ou na paragem) é um dispositivo impulsionador de ideias, ato participante, ato filosófico e espiritual.
O deslocamento do corpo pode propiciar outras visadas sobre o próprio caminhante, sobre o entorno e também ajudar no processo de pensamento e criação. O ato de andar pode ser um instrumento estético e cartográfico, que permite criar e dar significados aos espaços, dando-lhes vida e também transformando-os.


Sofia Porto Bauchwitz
(Rio de Janeiro, 1988)
Potiguar entre João Pessoa e Natal
Artista visual e pesquisadora, atualmente é professora do Departamento de Artes Visuais da UFPB. É mestre em Pesquisa em Arte e Criação pela Universidad Complutense de Madrid (2013) e Doutora em Belas Artes pela mesma instituição (2017) com a tese “El Artista Errante y el Discurso como Cartografía en un contexto hispano-brasileño”. Seu trabalho passa pelo texto escrito e falado, pela construção de acontecimentos efêmeros e pela proposição de exercícios fabulatórios com os quais busca vivenciar modos de co-presença. Foi exposta em instituições como Arnheim Museum (Holanda), MAK-Vienna (Los Angeles, EUA), Sala de Arte Joven de Madrid (Espanha), Fundação Eugênio de Almeida (Évora, Portugal), Zeicheninstitut (Kassel, Alemania), Museo Murillo la Greca (Recife, Brasil), entre outros. Além disso, Sofia escreve textos críticos, estando presente, por exemplo, no catálogo da exposição Generaciones 2019 (Casa Encendida, Espanha) e À Nordeste (Sesc 24 de Maio, São Paulo).
